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Marcella Mazul Nov, 2025 • 4 min de leitura

O erro invisível que afasta seus clientes ideais

Novembro de 2025 chegou e não se fala em outra coisa: a nova adaptação de Frankenstein por Guillermo del Toro. A estética gótica, o drama, a profundidade... tudo isso está em alta.

Mas, enquanto assistia ao filme, não consegui deixar de notar uma semelhança dolorosa com o que vejo todos os dias no mercado criativo.

"Muitos empreendedores geniais costuram partes diferentes esperando criar vida, mas acabam criando uma confusão visual que o mercado não tem paciência para entender."

Se você sente que seu conteúdo é bom, mas sua estética parece um "trabalho de escola" juntado em partes, este artigo é para você.

Frankenstein Visual
Fonte da imagem: @NetflixBrasil no X (Twitter)

A Síndrome da Costura Criativa

Como nasce o incompreendido? Na história original, Victor Frankenstein pega partes diferentes — um braço forte, uma perna funcional, um cérebro "anormal" — e costura tudo na esperança de criar vida perfeita.

O resultado não foi um vilão, mas uma Criatura Incompreendida. Ela tinha vida, tinha sentimentos profundos e intelecto, mas sua aparência externa era tão desconexa que causava medo antes mesmo de poder mostrar sua alma.

No Instagram, o processo é assustadoramente parecido:

  • 1. Você pega um template "bonitinho" no Canva.
  • 2. Mistura com uma fonte que viu no Pinterest e achou chique.
  • 3. Joga uma cor que "sentiu" na hora.
  • 4. Costura tudo e reza para o algoritmo dar vida.

O resultado? Um Frankenstein Visual. Tem vida? Tem. Tem pureza? Muita. Mas a aparência é confusa, e o mercado — que não tem a sensibilidade de parar para ouvir — acaba se afastando. Falta aquela coerência que permite que a sua essência seja vista sem barreiras.

O Paradoxo de Elizabeth: Por que a pureza não basta?

Aqui entra o ponto mais sensível dessa análise. No filme, a personagem Elizabeth cria uma profunda admiração pela Criatura. Por quê?

Porque ela foi a única com a sensibilidade para ignorar as cicatrizes, a pele costurada e a aparência assustadora, enxergando a autenticidade, a pureza e a poesia que existiam ali dentro. Você, criadora, tem essa pureza. Seu trabalho é técnico, é feito com alma, é autêntico.

O problema é que o seu cliente não é a Elizabeth.

O mercado não tem paciência. O cliente médio rola o feed em milissegundos. Ele não vai "olhar através" da sua bagunça visual para descobrir que você é genial. Ele vai julgar o livro pela capa — e se a capa parecer amadora, ele assume que o serviço também é. Depender da sorte de encontrar uma "alma gêmea" que te entenda apesar do visual é arriscado.

E caro.

Frankenstein Visual
Fonte da imagem:"Frankenstein", de Guillermo del Toro • Divulgação/ Netflix

O Custo do Medo: Caro é parecer Barato

Quando sua marca assusta (ou confunde), você paga um preço alto: a desvalorização.

  • O cliente pede desconto porque não vê autoridade.
  • Você sente a "síndrome do impostor" na hora de mandar o link do perfil.
  • Concorrentes com menos talento (mas com design melhor) cobram o dobro.

Marcas "Frankenstein" geram desconfiança. E onde há desconfiança, não há venda de alto valor.

A Cirurgia Plástica Estratégica

A boa notícia é que essa dissonância tem solução. E não precisamos jogar nada fora, afinal, a essência (o coração pulsante) já está aí, viva e forte.

O que eu faço como Mazul não é apenas "deixar bonito". É Direção de Arte Estratégica.

Eu pego essas peças soltas e as construo com intenção.

  • A tipografia certa para dar voz ao seu texto.
  • A paleta de cores que desperta a emoção certa.
  • O sistema visual que traz paz e coerência.

O objetivo é transformar sua marca em algo que seja admirado de cara, e não temido. Uma identidade visual que dê vontade de "morar dentro".

Seu trabalho merece uma embalagem à altura da sua entrega. Não deixe que a estética seja a barreira entre a sua autenticidade e o mundo.

Se você cansou de remendos e quer construir um corpo visual sólido para a sua marca, a agenda está aberta!